quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Que tal abortar a hipocrisia? - 2


Mais uma vez, a religião interferindo na nossa vida! Quer dizer que não temos nem mais a opção de escolher, pois um candidato é deliberadamente defensor de todos os "valores cristãos" e a Dilma está sendo acuada e obrigada a fazer uma carta aberta onde se compromete a não legislar sobre assuntos que impactem a religião.  Porque temos que nos submeter a isso? Afinal, o estado deve ser laico, ou não? Se algum assunto ou lei de qualquer espécie for impactar qualquer que seja a religião, foda-se, o que deve ser levado em conta, é o benefício à população em geral. O aborto, por exemplo, é uma questão que deve ser tratada como assunto de saúde, e não moral ou religioso. Uma gestação de feto acéfalo pela atual lei, deve ser levada até o final, mesmo sabendo que a criança vai morrer no mesmo instante que nascer. Porque uma crueldade dessa deve continuar, porque não criar uma legislação mais moderna que reveja alguns destes aspectos? Claro que se o aborto para fins de controle de natalidade fosse aprovado, esse sim seria uma questão de ética religiosa ou moralidade. E, apesar de eu também não ser contrário à esta pratica, até considero que seria válida uma discussão a este respeito. Mas o problema é uma candidata, e possível eleita presidente, ser obrigada a nem sequer enviar nenhum projeto neste sentido, é revoltante. Quer dizer então que, por pelo menos 4 anos, não teremos, com certeza, pesquisas com células-tronco embrionária, casamento entre homossexuais, legalização da maconha, etc? Quer dizer, então, que os padres pedófilos continuarão impunes, os pastores e bispos ladrões não serão presos, os charlatães de qualquer espécie religiosa serão livres para fazerem o que quiserem? A solução, agora, é votarmos na Dilma e torcer pra ela não cumprir esta promessa ridícula.
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